O Sindicato – visando a proteção da saúde dos professores, funcionários, dos estudantes e seus familiares – defende o uso de máscaras e o cumprimento dos protocolos seja mantido nas escolas . A PANDEMIA AINDA NÃO ACABOU!

O Rio de Janeiro publicou um decreto em 03/03 pelo governador Claudio Castro (PL) que deixou a cargo dos municípios fluminenses flexibilizar ou não o uso de máscara em lugares fechados.

”Independentemente da decisão tomada por cada secretaria municipal, aquelas pessoas que desejarem continuar usando máscara em locais fechados ou abertos podem assim fazê-lo. Recomendamos que pessoas com sinais e sintomas respiratórios mantenham o uso da máscara se forem entrar em contato com outras pessoas. O ideal é que essas pessoas façam isolamento”, afirmou o secretário estadual de saúde do RJ, Alexandre Chieppe.

A secretária de Saúde e Previdência da FETEERJ , professora Guilhermina Rocha reitera que “não foi esclarecido o respaldo técnico por parte do governo. Vejo essa decisão mais como política do que científica. Também é importante frisar que não temos total transparência quanto ao controle epidêmico da pandemia. A testagem da população é insuficiente. Os governos, sejam estadual, municipais ou o federal, não podem determinar o fim da pandemia. Isso cabe a Organização Mundial da Saúde. Muitos países são deficitários em vacinação e, mesmo entre os que possuem níveis mais elevados de cobertura vacinal, diversos enfrentam novas ondas, como é o caso de países asiáticos e europeus. Neste cenário, cabe lembrar que o Brasil não possui barreiras sanitárias adequadas para evitar a entrada de possíveis novas cepas. A Covid-19 traz riscos de sequelas, mesmo para pessoas que tiveram sintomas leves. Com essa flexibilização, mesmo com a vacinação, uma nova contaminação no caso destas pessoas pode trazer consequências ainda maiores para a saúde”.

A epidemiologista Ethel Maciel afirma que “ainda que os governos tenha retirado as restrições, a pandemia continua, os vulneráveis (idosos, pessoas com doenças imunossupressoras) seguem precisando se proteger e a máscara permanece uma medida efetiva de prevenção”.

“As salas de aulas são locais fechados, e em alguns casos com pouca ventilação e por onde circulam um número razoável de pessoas todos os dias. E muitas não possuem muitos espaços abertos que possam ser utilizados para as aulas . Nossa reivindicação é a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas, tanto para os professores , os trabalhadores das escolas quanto para os alunos . A pandemia não acabou e não vai acabar por decreto” conclui Guilhermina Rocha.
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É importante lembrar também que a covid-19 ainda mata mais de 300 pessoas por dia no Brasil. Ao todo, morreram pelo menos 656 mil pessoas no país em decorrência da doença. E nem todo mundo está completamente vacinado contra a covid: menos da metade das pessoas com menos de 50 anos tomaram a terceira dose (“booster”).

Além disso, há diversas preocupações em torno da subvariante da ômicron (BA.2) e da variante “deltacron” (apelido dado à nova linhagem AY.4/BA.1) e do aumento de infecções em localidades da Ásia e da Europa, como Hong Kong, China, Alemanha, França e Reino Unido.

Para o biólogo virologista e divulgador científico Atila Iamarino, “ainda é cedo (revogar a obrigatoriedade do uso de máscara). E especialmente para os menores de 5 anos (sem vacina) e para os idosos, o risco ainda é muito alto”.

Mesmo que as Prefeituras e o Governador tenham retirado a obrigatoriedade do uso de máscaras, nossa recomendação é que os trabalhadores da educação sigam utilizando máscaras, mantendo o distanciamento social, utilizando álcool gel e evitando aglomerações. Nossa prioridade continua sendo a vida dos professores e professoras e daqueles que o cercam.