Prefeituras incluiram profissionais de escolas após ampla pressão de diretores do Sindicato

Um dos pontos fundamentais para que prefeituras da área de abrangência do Sindicato dos Professores de Macaé e Região incluíssem profissionais da educação no plano vacinal foi a pressão sindical. Desde que suscitou a possiblidade do retorno das aulas presenciais, diretores deste Sinpro começaram ampla mobilização pressionando as Administrações Públicas que atendessem os protocolos sanitários das principais instituições científicas do Brasil e do Mundo e que imunizassem todos os docentes.

A principal exigência do Sinpro Macaé e Região é que os docentes compusessem o calendário de vacina para que tão logo, após as duas doses aplicadas, pudessem voltar a dar aulas presencialmente. Ainda sim, o Sindicato pressionou para que tivessem poder de fiscalização e acompanhassem as denúncias das unidades que não disponibilizassem álcool em gel, não distanciassem as mesas entre um aluno e outro, mantivessem o ambiente com ampla ventilação e uso irrestrito das máscaras, principal equipamento preventivo à Covid-19.
Mesmo assim a vacinação é lenta. Mais uma vez, o Sindicato dos Professores de Macaé e Região reforça a posição clara, em comunhão com a ciência, de que é contra o retorno das aulas presenciais nas escolas antes que toda comunidade escolar seja vacinada contra a Covid-19.

“Estamos falando de vidas! Claro que queremos voltar as nossas salas de aula. Sabemos bem da convivência no espaço escolar vai muito além de aprender matérias. Mas existe uma doença que mata milhares de pessoas todos os dias e que não tem cura farmacológica. A única forma de cair drasticamente o número de infectados é tendo vacina para todas e todos. E urgente! Defendemos aqui para nossos professores, mas na verdade e o certo é que todos os cidadãos estejam protegidos. As vacinas são seguras e aprovadas. Mesmo em regime híbridos profissionais e alunos correm risco de vida e podem contaminar seus familiares, expondo o vírus a pessoas que integram grupo de risco”, disse Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região.

Há quase um ano e meio, o Sindicato vem se encontrando com professores por meio de assembleias unificadas virtuais e criando, juntos, estratégias para enfrentar não apenas o vírus, mas o negacionismo que paira sobre as prefeituras do interior fluminense. Executivos que desconsideram a letalidade da doença e não cria políticas que assistencializem economicamente pais, responsáveis e empresários para que haja um drible entre a economia e a vida.

Guilhermina ainda afirma que “o mais prudente é esperar e imunizar os trabalhadores antes do retorno das aulas presenciais. É melhor aguardar mais um pouco para o retorno seguro. Quase meio milhão de brasileiros já morreram. É uma doença cruel e terrível. Não dá para brincar com a saúde dos docentes e estudantes. Precisa ter o entendimento científico e a responsabilidade para não colocar vidas em risco. Sabemos que existe uma crise econômica, mas esta responsabilidade é política e não pode cair na conta dos professores”, concluiu Guilhermina Rocha.