Vinte nove anos atrás, as eleições gerais da África do Sul de 1994 marcavam o fim de mais de quatro décadas do regime do apartheid. Foi a primeira vez que todas as pessoas acima de 18 anos de todas as raças tiveram direito a voto, e Nelson Mandela foi eleito presidente. Desde então, o país celebra o “Dia da Liberdade” em 27 de abril.

Joanesburgo, Há 29 anos, após um regime de segregação racial instaurado em 1948, a África do Sul experimentou a sua primeira eleição democrática. O apartheid, que dividia a sociedade a partir da cor da pele, foi, durante décadas, combatido dentro e fora da África do Sul.

Em 27 de abril de 1994, o país apelidado de “nação do arco-íris” pelo Nobel da Paz Desmond Tutu, começou a escrever um novo capítulo da sua história elegendo Nelson Mandela como presidente.

O que significa o “Dia da Liberdade”?

De acordo com o governo sul-africano, o dia “marca o fim de mais de 300 anos de colonialismo, segregação e governo da minoria branca e o estabelecimento de um novo governo democrático liderado por Nelson Mandela, com um novo Estado e nova Constituição.

Durante o apartheid, os negros representavam quase 80% dos sul-africanos, obrigados a viver em pouco mais de 10% das terras, mais secas e precárias da rica África do Sul. Os antigos lares nos bairros mais centrais foram obrigatoriamente trocados pelas townships, áreas precárias das cidades. Além disso, os negros só poderiam transitar com um passe (dompas), revogado em 1986. Os que não possuíam o documento estavam sujeitos à prisão imediata.

Em contraposição ao “Dia da Liberdade” celebrado no país, movimentos promovem ato do “Dia da Não Liberdade”

Em 2005, no entanto, movimentos populares começaram a utilizar a mesma data para realizar a jornada do “Dia da Não Liberdade”, denunciando que o fim do regime de segregação racial não significou a conquista da igualdade entre a maioria negra e a minoria branca do país.

A África do Sul é o país  mais desigual do mundo e o aspecto racial é um dos fatores determinantes , em uma, sociedade onde 10% da população detém mais de 80% da riqueza segundo relatório publicado pelo Banco Mundial em março de 2022.

A superação das desigualdades sociais ainda faz parte da luta do povo sul- Africano.

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